Mariáh Voltaire,
professora de Artes, pesquisadora de videodança, bailarina de Tribal Dance e
Co-criadora do grupo Damballah.
Tenho grande interesse pelas
tecnologias, principalmente as que envolvem as artes visuais. Desde que comecei
a trabalhar, uma das minhas maiores funções foi diretamente ligada com a
manipulação digital, edição de imagem e vídeo. No ano de 2008 iniciei minha
graduação em Artes Visuais com Ênfase em Computação (BACH) na Universidade
Tuiuti do Paraná. Em 2010 terminei a graduação com nota máxima no TCC que tinha
como linha de pesquisa a videodança. Onde o objetivo do trabalho apresentado
era a reflexão sobre a diferença entre um mero registro coreográfico em relação
à linguagem artística e poética da videodança, intitulado O CORPO IMAGEM. Para
chegar a esse objetivo foram estudadas especificidades de, até que ponto a
relação do corpo-imagem podem contribuir para a construção poética de um
trabalho artístico audiovisual e os processos criativos para a criação de uma
videodança. Em 2012 fiz aproveitamento de curso na mesma instituição, no curso
de Artes Visuais com Ênfase em Computação (LIC) com nota máxima no TCC.
No ano de 2014 estarei
terminando minha pós em Gestão e Produção Cultural, como linha pesquisa,
escolhi a videodança aliada com a arte coletiva, dessa pesquisa nasceu o
Projeto VTD – Videodança Tribal Dance. A minha maior motivação dentro dessa
pesquisa foi enxergar a possibilidade de unir bailarinas de diferentes partes
do Brasil e porque não do mundo em uma mesma “coreografia”? Dentro de um mesmo
suporte onde todas pudessem se comunicar através da linguagem da videodança, a
busca pela ampliação e também de todas as possibilidades que a Dança Tribal
poderia alcançar com o uso das tecnologias. Desse modo, fazer com que a Dança
Tribal fosse vista por diversos ângulos e diversos olhares que proveem de
diversas etnias, onde a dança e os corpos dessas bailarinas poderiam ser
mostrados ao mundo de maneira quase que intima. “Por que não usar a arte para
olhar o mundo, em vez de manter o olhar preso às formas que ela põe em cena?”.
(BOURRIAUD, 2009, p. 61). Dessa vez a participação das bailarinas foi crucial
para a criação dessa obra, não tem como ser coletivo se não há interações e nem
contribuições. “Em outros termos, a “participação do espectador” consiste em
rubricar o contrato estético que o artista se reserva o direito de assinar.”
(BOUURIAD, 2009).
Aerith atualmente a única
praticante e disseminadora da dança tribal em Nova Friburgo, professora do
estilo desde 2012. Idealizadora e organizadora do Underworld
Fusion Fest, junto com Anne Nargis, em 2010. Primeiro evento
voltado ao tribal fusion e fusões exóticas na Região Serrana do estado do Rio
de Janeiro.
O Blog Aerith Tribal Fusion (2010) é um dos blogs de
maior destaque do Brasil sobre o estilo, com divulgação de textos, entrevistas
dos principais ícones nacionais e internacionais, notícias e eventos de todo
país. Além disso, através do Projeto Busca Tribal no Brasil, tem o
intuito de catalogar todos os professores que dão aula no Brasil, gerando um
banco de dados, proporcionando
também um meio de consulta importante para alunas interessadas. Em 2014,
o blog uniu-se com diversos bailarinos e não-bailarinos relacionado à dança
tribal de toda extensão territorial brasileira para produzir materiais com
seriedade e qualidade para a cena brasileira.
Em 2012, começou o projeto do seu mais novo blog em conjunto com a
bailarina Ju Najlah,intitulado como Dança do Ventre em Nova
Friburgo, no intuito de divulgar esta arte na própria cidade e em todo o
estado, divulgando seus professores
envolvidos, aulas e eventos.
Em 2013, participou
do projeto Mapeando o Tribal no Brasil, idealizado por MariáhVoltaire (PR), com participação de Bety Damballah (PR) e AnaHarff(Argentina). Neste mesmo ano, organizou também os eventos
trimestrais de fãs de folk e folk metal do estado do Rio de Janeiro, intitulado Encontro
de Folk & Metal RJ, com 4 edições já realizadas nas cidades do Rio de
Janeiro e de Nova Friburgo.
Em 2014, convidada
por Mariáh Voltaire (PR), Aerith participa como apresentadora do
primeiro Podcast de Tribal do Brasil, o Tribalcast Brasil. A proposta é
trazer temas interessantes e instigantes para debatermos juntas com convidadas,
permitindo o público interação através de perguntas e opiniões, além da
sugestões dos temas para as edições seguintes. Nossa proposta é dar voz a todos
que fazem parte da cena tribal brasileira, sabendo o que diferentes pessoas
pensam sobre um mesmo assunto,criando diferentes perspectivas.
Atualmente é
estudante de graduação no curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal
Fluminense (UFF), em Niterói-RJ.